sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Tarde de Sábado


Tarde de sábado


Walnize Carvalho

Naquela tarde de sábado
Sábado ausente em distância
Sábado presente em pensamento
Eu queria
Ter ouvido tocar o telefone
- tocar uma única vez.

Eu queria
Atender com aquele “alô”
Apagado
Sem calor
E
Ouvir do outro lado
Aquele “alô”
Vivo
Animador.

Naquela tarde de sábado
Os minutos
As horas
Se passaram...

Esperei
Ouvir sua voz
Esperei tanto
Para lhe dizer
Das coisas velhas
Das coisas novas
Da coisa eterna: o meu Amor

Eu queria tanto...

Mas
Aquela tarde de sábado
Fez do sábado
Um sábado qualquer.

E da espera de ouvir
A espera de esperar...

2 comentários:

Ana Paula Motta disse...

Quantas vezes as tardes de sábado tem esse sabor,esse travo meio amargo...

walnize carvalho disse...

É verdade,amiga!
Adorei"este travo meio amargo"!
Bjs,
Wal