sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Com jeito de mulher


Walnize Carvalho

Não foi puro, creio eu, que Deus ao criá-la batizou-a com nome feminino: NATUREZA.

Bela, quase sempre. Silenciosa, às vezes. Generosa, outras tantas. Caprichosa, quando quer. Exibicionista. Determinada. Habilidosa. Espontânea. Contraditória. Versátil. Dócil. Rebelde. Voluptuosa.

Foi assim que pensei, ao passar naquela tarde chuvosa de inverno, pela Beira-Valão e vi destacando-se entre os ipês floridos, uma imensa árvore coberta de dourados brilhos.

Como uma bela e desejada mulher, ali se fazia presente, contrariando seu tempo de florescer (primavera). Com pujança dava um show de exibicionismo com tempo marcado para “retirar-se de cena” e usar trajes comuns.

A Natureza e sua suntuosidade.

E continuei meditando: quantas espécies habitam o Universo (rios, mares, florestas, pássaros, cachoeiras, etc. ...) seguindo a ordem natural estabelecida, muitas vezes apresentam espetáculos diários sem o olhar do homem?!?...

A Natureza e sua espontaneidade.

Sigo a caminhada. Mais adiante reflito: e as catástrofes, as devastações dos rios e mares?!?...

A Natureza e sua agressividade.

O pensamento gira: e quando nas redes dos pescadores vêm saltitando sortimento de peixes e crustáceos?!?...

A Natureza e sua generosidade.

Paro o trajeto. A chuva cessa. O sol aparece por entre as nuvens. No céu desenha-se um portentoso arco-íris.

A Natureza e sua versatilidade

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