quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Conto de Jardim: Coisas simples


Passadas as festas a vida voltou para sua confortante rotina.
Ela a salvo em sua cozinha e na biblioteca da aldeiota perdida no meio do nada. Ele se aventurando pelo mundo a trabalho.
Mas a rotina a dois é cheia de intensidades.
Naquela manhã dormiu um pouco além da conta,ele saiu sem acordá-la. Era dia de almoçar sozinha. Resolveu passar o resto de manhã no jardim.
Sentou-se num banco no canto entre as roseiras e abriu o livro que estava lendo há semanas. Surpreendeu-se com um papel dobrado. Letra dele, homem de muito carinho e poucas palavras escritas. Entre aspas um bilhete:

"Queria partilhar contigo os momentos menores

da minha vida,

porque os grandes já são teus."

(Poema de JG de Araujo Jorge do livro – A Sós – 1958 )

  

2 comentários:

Natália Augusto disse...

Que post mimoso Amiga.
Consigo visualizar toda a história que escreveste.
Queria por vezes ter uns dias assim: a ler ou a escrever num jardim.

beijinhos

Ana Paula Motta disse...

Eu também queria, amiga, adoro jardins. Foi por isso que iniciei a série Contos de Jardim.