sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Asilos


Walnize Carvalho

Em minhas caminhadas matinais passo por muitas casas fechadas que estão postas à venda.

Uma delas chama-me à atenção, pois é um sobrado bonito.

Tem uma enorme varanda onde habitam plantas e flores. Algumas caminham pelas fileiras dos muros e vêm espiar a rua por detrás das grades e cadeados.

Lembro-me que também, quando encontro-me em Niterói passar por uma casa grande – um sobrado bonito:Um asilo.

Tem uma enorme varanda onde habitam velhos e gatos.

Alguns caminham vagarosos e vêm espiar a rua por detrás das grades e cadeados...

Com estas duas imagens de Asilos: uma de Velhos e outra de Flores transcrevo o poema de D. Hélder Câmara:

“Roseiras, carregadas de rosas,

sem pressa

de olhar tranqüilo...

as rosas sorriem

perguntando

se lhes conheço seus nomes”...

Não. Não sei seus nomes.

Só sei que em ambos os trajetos sempre paro.Aspiro o perfume das flores e sorrio para os idosos.

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