sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Ilhada no shopping
Walnize Carvalho
Estava , a mulher, naquela tarde de sábado lendo jornais.
Deu uma espreguiçada e levantou-se.
Olhou pela janela do apartamento e viu a romaria que passava rumo ao shopping .
Decidiu juntar-se aos mortais (a tarde ensolarada era um convite) e para lá seguiu também.
Entre espiar vitrines, ver pessoas, tomar sorvete e refrescar-se pelos corredores ( ar refrigerado em alta voltagem) nem viu o tempo passar.
De repente,se deu conta de que chovia lá fora.Chuva de fins de tarde em dias de verão.
Dirigiu-se até a saída .Ela e a multidão.
A cena presenciada por todos era desalentadora : ruas às escuras,alagadas.Correnteza.Rios de lama...e a constatação: estava ilhada.Ilhada em um shopping..
Alguns “sobreviventes” acionavam seus celulares enquanto outros, como ela, resolveram evadir o local.
Saiu.Atravessou as ruas rezando para escapar dos ralos entupidos por dejetos da “civilização”.
Chegou sã e salva ao apartamento.
Aliviada ,de corpo e alma lavados, suspirou: _Porto seguro! Enquanto subia ofegante os seis andares de escada.Faltava luz no prédio...
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