Walnize Carvalho
O menino travesso sorrateiramente entrou no porão da velha casa.
Seus olhos correram os cantos..Encontrou mofo e teias de aranha.
Remexeu baús.Deparou com fotos antigas,quinquilharias e papes de carta.
De repente, em seu olhar uma inusitada chama.Seus olhos pousaram em algo encantador: uma caixa redonda.Lembrou-se da Caixa de Pandora.
Abriu a tampa.
Dela saltou ,para susto e alegria,uma bonequinha de molas a lhe sorrir.
Correspondeu ao sorriso,afagou-lhe a face , brincou com ela.
Tirou a poeira dos seus sentimentos.
O menino travesso cansou da novidade.
Resolveu ir embora.
Tratou de fechar a tampa da caixa colorida.Não teve êxito.
O brinquedo semi-liberto não conseguia voltar para o seu mundinho anterior .
O garoto movido por pressa e tédio jogou a um canto,a distração.
Dos olhos da boneca-palhacinha duas lágrimas mágicas caíram...
3 comentários:
Sensibilidade à flor da pele...é o que tem quem escreve assim. Lindo!
A Walnize é mesmo assim, sensível e doce...
Mari e Ana,
A sensibilidade não é "rua de mão única". É preciso o encontro entre quem escreve e quem lê.
Obrigada pela cumplicidade.
Walnize
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